AS PERSONAGENS

PERSONAGENS

Alcoviteiras e alcaiotes ''Ai, que aquela perra galega já vai ver!...'' ''Andais sim! Eu não minto! Eu vi com estes que a terra há-de comer. Vós estáveis a preparar-vos para...''

 

Vendedores e vendedeiras ''Olhai por vós abaixo e olhai prós limões melados!!... E agora, para vos baixar essa tão grande nevrite, tomai este repolho para vos abrir o apetite!'' ''Comprem o repolho da Maria. É melhor que o repolho da filha da tua tia!''

Pedintes e vadios ''Triste. Que será de mim? Que má hora vós me viste!'' ''Que amargura, que ironia... Tanto corno. Tantos cornos...''

Clérigos e barregãs ''Foi por ela, foi por mor dela... Eu sou frade, mas também sou homem! Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.'' ''Que culpa tenho eu? Queriam que morresse de fome e na miséria? A inveja também é pecado!''

Ladrões e falsários ''Eu não roubei nada... Fui a cima do telhado para ver uma donzela!'' ''Excomungado nas ergueijas, filho de grande aleivosa!...''

Mulheres de mancebia e angariadoras de clientela ''Oh, que azar é o meu! Cá está este novamente...'' ''Julgais que por esse meio?... Cantai essa a outra, mas a mim não!...''

Curas e feiticeiras ''Bodes, demos, dianhos. Cobras, cabrões e anhos...'' ''Forças do invisível, vinde em meu socorro, dai-me forças senão eu morro.''

Meirinhos e guardas ''Apanhem aqueles ali|'' ''Abram alas!''

Almotacê e pregoeiro da corte ''Eu vi tudo, Senhor!'' ''Ao primeiro dia do oitavo mês do ano da Graça de Deus, faço saber...''

Corregedor de Del-Rei e escrivão da corte ''Cumpra-se a Lei. Aplique-se a justiça do Reino!'' ''El-Rei fez lei em esta forma que se segue: A tôdolos Meirinhos, Alcaides, Juízes, Corregedores e a tôdalas outras justiças e concelhos do meu Reino - Saúde! Faço saber...''

Exposição pública dos condenados ''Sejam com a corda e o pregão levados pelas ruas e sofram na Praça a humilhação púbrica.''

Julgamentos dos crimes menores ''Perdão, misericórdia, Senhor. Eu não roubei nada. Sou um simples vendedor de cornos...'' ''Corregedor, a justiça que me julga não é deste mundo. Não serás tu a condenar-me!''